Língua Portuguesa
(Olavo Bilac)
Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...
Amo-te assim, desconhecida e obscura.
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela,
E o arrolo da saudade e da ternura!
Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,
em que da voz materna ouvi: "meu filho!",
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!
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3 comentários:
eu não gosto desse lance de 'nicotina', mas eu aceito o café oferecido no post de inauguração
agora... porque "P-DOX" ????
Não sou fã de poesia mas a língua anda precisando de homenagens mesmo.
Aliás, concordo com a Carol, tenho alergia a fumaça hehehe
Abr
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