sábado, 15 de março de 2008

Uma ode à língua materna.

Língua Portuguesa
(Olavo Bilac)

Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...


Amo-te assim, desconhecida e obscura.
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela,
E o arrolo da saudade e da ternura!

Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,


em que da voz materna ouvi: "meu filho!",
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!

3 comentários:

Carol Rodrigues disse...

eu não gosto desse lance de 'nicotina', mas eu aceito o café oferecido no post de inauguração

Carol Rodrigues disse...

agora... porque "P-DOX" ????

Murdock disse...

Não sou fã de poesia mas a língua anda precisando de homenagens mesmo.
Aliás, concordo com a Carol, tenho alergia a fumaça hehehe
Abr